segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

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Confundo em tempo real e editado, coisas e situações aleatoriamente controversas. Agora, a chuva que ontem desmanchou meu cabelo, hoje lava meus pensamentos e purifica minha alma; aprendo com os erros e aos poucos vou sobrevivendo. Consigo ver claramente nos seus olhares não correspondidos, a resposta para o verso daquela música que afirma que "você (definitivamente) não soube me amar". Erro ao criar expectativas que nunca serão supridas e, num curto prazo de tempo, elimino-as totalmente dos meus pensamentos. Respiração ofegante, calafrios e dúvidas tendem a cruzar meus caminhos. Mas também os seus e os deles. Quantas mil vezes ainda forem necessárias, negarei todo e qualquer tipo de envolvimento emocional que machucou meu coração ferido e confiante. Permito a todos se confundirem com os mistérios da vida, desde que achem um caminho livre para continuarem sobrevivendo e acumulando vitórias. Escrevo movido não especificamente por um motivo único, mas por um emaranhado de situações. Me permito diminuir os dias fumando um cigarro e aliviando os ombros cansados. Mas depois, respiro ainda mais fundo, levanto bem meus olhos e sigo adiante; pronto para esbarrar no próximo obstáculo.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

mãe.

Ao lembrar da dor que cortava o peito e me deparando com a insatisfação camuflada por seu sorriso amarelado, percebo o quanto se torna importante ao meu ego, escancarar-lhe todo amor que sinto, enchê-la de beijinhos e abraços que afagam o bolor do seu coração neste momento. Tenho observado a tristeza que lhe corrói a alma e tira as noites de sono. E venho, secretamente, caindo aos pedaços.
Amo-lhe. A cada segundo que inspiro espinhos e expiro gotas de sangue. Amo-lhe de modo incessante e incondicional.
Se ao menos pudesse tomar-lhe a dor enquanto descansas um pouco. Estamos caídos, mas irão nos dar as mãos...e seguiremos de cabeças erguidas, por caminhos tortos. E sempre estaremos rodeados por dor, mas nosso amor comum nos salvará eternamente.
Te amo.

domingo, 26 de setembro de 2010

27-09-10

Curiosamente,
a
três
ou
quatro
dias
atrás,
Bruno
ouviu
os
pássaros
cantarem
estranhamente,
enquanto
esperava
as
ligações
de Vitória que
nunca
chegaram.
Numa
tentativa
desesperada
de
afagar sua paz interior,
nadou
livremente
no
mar
Mediterrâneo
e,
em
pensamento
,
visitou
o
coração
da
amada,
imaginando
poder
desestruturar
o orgulho
que
infelizmente
a
dominava,
causando
repulsa
e
desconforto
contínuo.
De
maneira
inocente,
imaginou
a
cadeira
de
Vitória
posicionada
ao
seu
lado,
no
baile
de
formatura.
Não
escondendo
o
sorriso
que
brotava
em
seu
rosto
pálido
e
avermelhado,
enroscou
disfarçadamente
por
debaixo
da
mesa
suas
pernas,
nas
da
garota.
Sentiu
a
calmaria
daquele
momento
e, de olhos fechados,
brincava
de
identificar
todos
os
detalhes
do
vestido
dourado
que
a
moça
usava.
Bem,
cansado
de
nadar,
Bruno
volta
para
casa.
Seus
pensamentos
estão
confusos
: Por que diabos
Vitória
faria
tamanha
confusão
com
seu
coração?
Por que
ela
houvera
omitido
tantas
palavras
camufladas?
Se
ao
menos
Vitória
tivesse
um
refluxo
e
simplificasse
tudo
o
que
não
foi
feito
naquela
noite;
se
ao
menos
ela
não
permitisse
que
seu
orgulho
engolisse
todas
as
suas
palavras...
Provavelmente
Bruno
estaria
com
o
mesmo
sorriso
dispensado
no
baile
de formatura
.
Provavelmente as folhas secas, jogadas na varanda suja da sua casa, ainda seriam verdes
e
os
lírios
que
ganhou
de
presente,
não estariam mortos.
Talvez
o
casal
estaria
saboreando
o
gosto
amargo
e
doce
do
cacho
de
uvas,
sentados no chão da sala
...
Mas não.
Nada
disso, de fato,
aconteceu.
Hoje
as
palavras
de
Bruno
tendem
aos
melancólicos
e
dolorosos
buracos
que
Vitória
deixou
em
seu
coração.
Os
buracos
mal
cobertos
com
as
palavras
mastigadas,
no
estômago
da
assassina
de
corações
( !!!);
palavras
que
nunca
existiram,
que
nunca
irão
existir.
Hoje,
Bruno
sabe
que
os
ensaios
feitos
foram
muito
mal
planejados,
e
durante
as
próximas
horas
e dias
que
se
seguem,
a saudade do amante têm sido esquecida.
Tanto
quanto
os
planos
que
continuarão
escorrendo
pelo
ralo,
junto
com
a
chuva.
Pobre
Bruno,
o amor não esteve ao seu lado,
mas
eu
sei
que
você
irá
superá-lo.
Antes
mesmo
que
você
imagine.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

31-08-10

Parabéns. Você tem provado, de maneira indiscutível, quanto tenho me enganado a seu respeito. Quão mentiroso e insensível é o rosto escondido atrás da máscara encantadora e compreensiva que conheci a pouco, quando um bebê soluçava querendo os ombros da mãe. Sua gratificação será o abandono e seu orgulho será ferido, assim como da última vez. Pesada e infantil continuará sua cabeça: maravilhosas novidades, desejo-lhe. Em contrapartida à sua camuflada dor de cotovelo e comumente com minha própria surpresa, sinto-me feliz e aliviado. Obrigado, pois sem perceber, "o tiro saiu pela culatra". Agora chore sozinha, pois já não estarei ao seu lado para acolher suas lágrimas. Enquanto chora, perceba o quanto cresci e aprendi a viver, note minha vitória. Martirize, sozinha, sua dor eterna.